A seleção dos EUA tem uma missão importante na Copa do Mundo 2022: desfazer a péssima impressão deixada em 2018. Na ocasião, eles simplesmente não conseguiram se classificar para o torneio. Nas eliminatórias da CONCACAF, ficaram em penúltimo lugar na fase final. Uma vaga que costumava ser dada como certa para os EUA acabou ficando com o Panamá.
Em 2022, a vida da equipe norte-americana não foi fácil, novamente. Afinal, ela obteve apenas a terceira e última vaga direta para a Copa do Catar. Ainda assim, a classificação foi suficiente para renovar as esperanças de que os EUA podem voltar a um caminho de crescimento em Copas, interrompido com os resultados ruins da década passada.
A seguir, mostramos quais são as expectativas em relação ao time titular dos Estados Unidos, desempenho recente da equipe e perspectivas para a fase de grupos no Catar.
Introdução
Antes do fiasco em 2018, a seleção norte-americana vinha apresentando bons resultados na Copa do Mundo. Em 2010 e 2014, havia se classificado para as oitavas de final da competição e sido eliminada nos pênaltis. Por isso, ficar de fora da última edição pareceu um vacilo grave de percurso. Principalmente, se considerarmos o forte investimento feito na liga norte-americana, a MLS, nos últimos anos.
Na trajetória rumo ao Catar, houve uma preocupação maior com o preparo da equipe. Mas os EUA também foram beneficiados pela classificação direta para a fase final das eliminatórias. Com isso, não correram riscos antes da fase decisiva.
Por outro lado, o time dos Estados Unidos entrou um pouco “frio” na disputa e, por pouco, não viu tudo degringolar mais uma vez. Ainda assim, o técnico Gregg Berhalter, desde o final de 2018 à frente da equipe, conseguiu garantir alguma solidez para o time. E a qualidade de alguns jogadores teve um papel determinante nisso.
O 11 mais provável dos EUA
Um dos problemas dos EUA nas eliminatórias de 2018 foi a dificuldade para conduzir com sucesso o processo de renovação da equipe. Esse processo foi facilitado no último ciclo, devido ao amadurecimento de algumas peças importantes do time.
O técnico Gregg Berhalter tem, hoje, uma visão bem clara dos jogadores que espera colocar em campo na estreia dos EUA no Catar. Em princípio, o time titular deve ter:
Matt Turner (goleiro) — Arsenal
Sergiño Dest (lateral-direito) — Milan
Walker Zimmerman (zagueiro) — Nashville SC
Chris Richards (zagueiro) — Crystal Palace
Antonee Robinson (lateral-esquerdo) — Fulham
Tyler Adams (meio-campo) — Leeds United
Yunus Musah (meio-campo) — Valencia
Weston McKennie (meio-campo) — Juventus
Tim Weah (atacante) — Lille
Jesús Ferreira (atacante) — FC Dallas
Christian Pulisic (atacante) — Chelsea
Diferentemente de outras épocas, a equipe dos EUA está bem-servida, hoje em dia, de jogadores que atuam em ligas importantes da Europa. Afinal, em seu time titular, há atletas de clubes como Arsenal, Milan, Juventus e Chelsea. Além disso, a média da equipe é relativamente baixa, graças ao trabalho de renovação e prospecção de jogadores conduzido pela federação local.
Isso não significa, claro, que essa é uma seleção forte. Ela tem alguns jogadores de maior destaque e dependerá em grande medida do seu jogo coletivo para fazer frente a seleções medianas na Copa do Mundo.
Os jogadores que se destacam
O principal destaque da seleção dos Estados Unidos é, sem dúvida, Christian Pulisic, do Chelsea. O atacante de 24 anos joga no Chelsea e, recentemente, esteve envolvido em boatos sobre uma possível transferência para a Juventus. Apesar de não ter, até agora, mostrado o mesmo desempenho que teve em sua passagem pelo Borussia Dortmund, é certamente a principal arma ofensiva dos EUA.
Já no meio-campo, a maior esperança de um toque diferenciado na bola está sobre Weston McKennie, da Juventus. Assim como Pulisic, McKennie tem 24 anos. Sua principal qualidade está na armação e finalização de jogadas.
Os últimos resultados dos EUA
Os resultados mais recentes dos Estados Unidos não têm sido muito auspiciosos. Afinal, a equipe não tem demonstrado uma boa capacidade ofensiva contra times com uma qualidade um pouco maior
Nos últimos cinco jogos dos EUA, foram esses os resultados:
- EUA 0 x 0 Uruguai (08/06/2022)
- EUA 5 x 0 Granada (11/06/2022)
- EUA 1 x 1 El Salvador (14/06/2022)
- EUA 0 x 2 Japão (22/09/2022)
- EUA 0 x 0 Arábia Saudita (25/09/2022)
Ou seja, dos cinco últimos jogos, os EUA só conseguiram vencer um. E foi justamente contra a frágil seleção de Granada, uma ilha no Caribe. O time não foi capaz de vencer algumas seleções que estão fora da Copa do Catar, como El Salvador e Arábia Saudita.
Os primeiros jogos na Copa
Por outro lado, a seleção dos Estados Unidos foi feliz no sorteio dos grupos da Copa do Mundo 2022. Afinal, além da favorita Inglaterra, os norte-americanos não terão outros adversários fortes no Grupo B. Ou seja, não seria absurdo imaginar uma classificação da equipe para as oitavas de final.
Confira os jogos dos EUA na primeira fase da Copa do Mundo:
- EUA x País de Gales (21/11/2022 16h — Ahmad Bin Ali)
- Inglaterra x EUA (25/11/2022 16h — Al Bayt)
- Irã x EUA (29/11/2022 16h — Al Thumama)
Conclusão
Os Estados Unidos devem ter uma disputa relativamente equilibrada com País de Gales e Irã pela segunda vaga do Grupo B. Por isso, qualquer detalhe poderá ser determinante para a classificação às oitavas de final. Em um cenário como esse, a pouca experiência da equipe contra adversários mais fortes deve ser um fator negativo.
Considerando todos esses elementos, nosso prognóstico é de que a equipe dos Estados Unidos será eliminada na primeira fase da Copa do Mundo 2022.